Admirava por ventura meu rosto envolto por moldura.
Seria mel azedo o que eu provara? Seria eu criatura boa e educada?
Voltei-me às cortinas que envolviam as janelas, correria se pudesse.
Meu reflexo me envolvia como um lobo às suas ovelhas,
Seria eu juiz de minhas próprias ações? Seria eu verme traiçoeiro?
Caberia a virtude de meu olhar, julgar a mim mesmo e aos demais?
Seria pobre se o fizesse, seria rico se o mantivesse.
Regulamento então o seguinte sacrifício, serei o nobre!
Perderei meu vício, de me manter prisioneiro, forasteiro.
- Leonardo Medeiros.
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